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Gabriel MonteiroPublicado em:
A NASA está em busca de respostas sobre as variações extremas de temperatura na Lua.
A Lua, nossa vizinha mais próxima no espaço, ainda esconde segredos sob sua superfície coberta de poeira. Apesar das missões Apollo terem marcado um momento histórico na exploração lunar há mais de meio século, muitos aspectos sobre sua estrutura interna e evolução térmica permanecem desconhecidos.
Agora, com o programa Artemis da NASA buscando estabelecer uma presença humana sustentável no satélite, uma nova tecnologia promete revolucionar nossa compreensão desse enigma.
O Instrumento Lunar para Exploração Térmica Subterrânea com Rapidez, conhecido como LISTER, será levado
à superfície lunar em 2025. Qual é o objetivo?
Estudar o fluxo de calor do interior lunar e revelar detalhes cruciais sobre sua formação, resfriamento
e evolução ao longo de 4,5 bilhões de anos de história.
Graças às amostras coletadas pelas missões Apollo e aos dados obtidos de missões como oGRAIL, já sabemos que a Lua não é um corpo celeste completamente frio ou inativo. Pesquisas apontam para um interior dinâmico, com um núcleo interno sólido envolvido por uma camada de material parcialmente derretido.
O LISTER oferecerá aos cientistas a oportunidade de investigar como o calor se move através do regolito lunar, ampliando o entendimento dos processos térmicos que moldaram o satélite ao longo do tempo.
No entanto, o debate vai além das questões ambientais. Há uma preocupação de que o imposto sobrecarregue os agricultores, enquanto o governo deixa de focar em outras fontes significativas de emissões, como o transporte e o aquecimento residencial. Isso levanta a pergunta: se o objetivo é combater as mudanças climáticas, por que não tributar diretamente os consumidores ou setores que causam maior impacto ambiental?
O LISTER conta com um avançado sistema de perfuração e uma sonda térmica especialmente desenvolvida para penetrar na superfície lunar. (Crédito: Firefly Aerospace)
O regolito lunar, uma camada de poeira fina e altamente abrasiva acumulada ao longo de bilhões de anos por impactos cósmicos, representa um grande desafio para missões científicas. Escavar essa superfície é uma tarefa complexa.
Para superar esse obstáculo, o LISTER foi equipado com um avançado sistema de escavação pneumática. Ele utiliza rajadas controladas de gás para limpar o caminho e permitir que sua broca penetre no solo com precisão.
A ferramenta será capaz de perfurar até três metros de profundidade, coletando dados essenciais sobre dois fatores importantes: o gradiente térmico, que mede as variações de temperatura conforme a profundidade, e a condutividade térmica, que revela a capacidade do regolito de transferir calor.
O método de medição envolve a inserção de um sensor de alta precisão, em forma de agulha, no solo lunar a cada meio metro de profundidade.
Esse sensor, equipado com um termômetro de resistência de platina, monitora a temperatura do regolito durante intervalos de 30 a 60 minutos, gerando dados detalhados sobre o fluxo de calor. O procedimento será repetido em diversos pontos da superfície lunar para construir um perfil térmico completo.
Segundo Seiichi Nagihara, pesquisador principal da missão e professor de geofísica na Texas Tech University, essas medições serão essenciais para desvendar a evolução térmica da Lua ao longo de sua história.
Os dados coletados pelo LISTER possuem aplicações práticas e imediatas. Com o programa Artemis avançando em direção a missões humanas na Lua e, no futuro, em Marte, compreender o comportamento térmico do subsolo lunar é essencial para planejar bases permanentes, realizar a extração de recursos e instalar equipamentos científicos de forma eficiente e segura.