Escrito por:
Jeane MartinsPublicado em:
"Foto: Reprodução correios."
A decisão, divulgada internamente em 27 de dezembro, causou preocupação entre os usuários e diversas reações de setores ligados à logística e ao mercado corporativo.
As agências CEM são voltadas ao atendimento exclusivo de empresas, oferecendo soluções personalizadas para demandas corporativas. Segundo a estatal, o encerramento dessas unidades foi baseado em um estudo técnico realizado em outubro, que apontou para a baixa viabilidade econômica de algumas agências. A medida, de acordo com a empresa, tem como objetivo reduzir custos e otimizar recursos operacionais, com uma previsão de economia de cerca de R$ 8 milhões.
Entre os principais motivos para essa reestruturação está a necessidade de reduzir despesas operacionais. De acordo com os Correios, as agências CEM, criadas durante uma gestão anterior, não atenderam às expectativas de retorno financeiro, tornando inviável sua manutenção. A empresa justificou a decisão como parte de um esforço maior para modernizar suas operações e garantir sustentabilidade financeira.
Apesar disso, a decisão recebeu críticas de sindicatos, que questionaram a coesão da política de “centralidade do cliente” promovida pelos Correios. Em uma nota interna, representantes sindicais questionaram como ficarão os clientes corporativos que dependem dos serviços especializados oferecidos pelas agências que serão fechadas.
Em comunicado oficial enviado ao site Poder360, os Correios enfatizaram que a medida visa equilibrar as finanças e atender ao interesse público. “As agências Correios Empresas foram criadas pela gestão anterior. A avaliação atual, conduzida por áreas técnicas, indicou que as unidades encerradas não estavam alcançando os resultados esperados. Assim, a decisão busca otimizar recursos e fortalecer a estatal”, afirmou a empresa.
A medida impacta diversas capitais e cidades importantes, como:
São Paulo: Americana, Araraquara, Atibaia, Itu, Piracicaba, Santos.
Rio de Janeiro: Barra do Piraí, Niterói, Nova Friburgo, Baixada Fluminense, Zona Norte do Rio.
Minas Gerais: Governador Valadares, Juiz de Fora, Santana do Paraíso, Uberaba.
Paraná: Arapongas, Curitiba, Londrina, Ponta Grossa.
Rio Grande do Sul: Caxias do Sul, Passo Fundo.
Santa Catarina: Florianópolis, Joinville, Criciúma.
Outras regiões: Belém (PA), Natal e Caicó (RN), Aracaju (SE), Salvador (BA), Maceió (AL), Brasília (DF), Vila Velha e Serra (ES), entre outras.
O fechamento das agências pode representar desafios significativos para empresas que dependem de serviços logísticos ágeis e personalizados. Para muitas companhias, as unidades CEM eram fundamentais na gestão de grandes volumes de correspondências e encomendas, garantindo um suporte mais especializado e próximo.
Por outro lado, os Correios argumentam que a reestruturação faz parte de um plano maior de modernização e que outras soluções serão disponibilizadas para atender às necessidades das empresas. A estatal não especificou, contudo, como pretende substituir os serviços que serão descontinuados nessas regiões.
Embora os Correios defendam a iniciativa como um passo necessário para tornar a empresa mais competitiva no mercado logístico, a decisão levanta dúvidas sobre os impactos reais dessa reestruturação. Empresários e sindicatos apontam que o fechamento pode comprometer o atendimento a clientes corporativos, enquanto especialistas destacam a importância de investimentos em tecnologia e melhoria de serviços para garantir a sustentabilidade da estatal.
Deixe sua opinião nos comentários! Você acha que a medida vai realmente modernizar os Correios ou pode prejudicar empresas e consumidores?